Eu, como sempre, estava pensando e refletindo em várias coisas e queria compartilhar com vocês. Vendo toda essa explosão ou viralização (para não usar outra palavra) do coaching no Brasil e no mundo, onde é vendidos pacotes de “perguntas superpoderosas” ou “matadoras” junto com ferramentas infalíveis, agendas superlotadas, lucro e mais lucro, dinheiro e mais dinheiro na conta, prosperidade automática, etc. Vejo que a maioria das escolas que oferecem certificados de coaching no fundo estão deixando de lado o elemento mais importante do processo: a pessoa que ira exercer o oficio de Coach, pois produzir “Coaches” em série e em massa, o número, é mais importante do que o processo pessoal que aquela pessoa que está se formando pode e deve passar; penso que uma formação de coaching na verdade deveria ser trans-formação daquela pessoa que quer se tornar um Coach propriamente dito, existe uma diferença enorme entre formar e certificar.
Vamos mais a fundo: estamos, nós coaches, fazendo coaching ou sendo realmente coaches? Existe diferença entre o ser e o fazer no mundo do coaching? Estamos comprometidos com o fazer coaching ou com o ser coaches?
O Coah e o Coaching:
Estar sendo ou estar fazendo?
Se o compromisso está com o fazer coaching então a prática seria efetiva só no nível técnico, a abordagem fica na periferia dos assuntos e poderia não chegar ao epicentro aonde podem e devem acontecer as verdadeiras mudanças nossas e/ou dos nossos coachees, pois o mais importante seria aplicar as ferramentas e o pacote de super perguntas superpoderosas. Se o compromisso é com o ser Coach a prática seria muito mais aprofundada, muito mais ética e muito mais efetiva, pois, primeiro, o coach “passou pelo corpo” aquilo que prega, vende e faz, se transformou para poder tentar ajudar a outros a se transformarem, então assim, no processo de transformação de si e do outro, como diria Nietzsche, “chegaria às profundidades mais profundas, às alturas mais altas”.